Redirecionamento

28 dezembro, 2012

Portal Licita Fácil RN

Descobri hoje um interessante site sobre compras governamentais no RN. É o Licita Fácil RN, cujo acesso você pode fazer por aqui

Fiz um breve levantamento sobre as licitações cadastradas no site e que irão ocorrer entre 28/12/12 e 21/01/13. Serão 47 processo licitatórios, nas mais diversas modalidades, que totalizarão um volume total de compras estimado em R$ 66.94.088,39. 

Deste volume, apenas R$ 520,6 mil destinam-se exclusivamente a micro e pequenas empresas. Os demais são de ampla concorrência.

A CAERN responde pelo maior volume de compras, cerca de R$ 39,06 milhões, seguido da prefeitura de Mossoró (R$ 10,5 milhões) e da prefeitura de Assu (R$ 4,05 milhões).

A maior licitação ocorrerá no dia 11/01/13 às 9:00h. na modalidade presencial, cujo valor é de R$ 28,2 milhões e destina-se a aquisição de equipamento do tipo caminhões, hidrojatos, sucção, valetadeiras, munk, retroescavadeir e tanque pipa.


A Produção de Derivados de Petróleo na Refinaria Clara Camarão

Entre janeiro e novembro deste ano a Refinaria Potiguar Clara Camarão, localizada no município de Guamaré, processou 12,2 milhões de barris de petróleo e produziu 1.054.064 metros cúbicos de combustíveis. 

O principal derivado produzido foi o óleo diesel, com um total de 593.488 metros cúbicos, seguido da gasolina A (349.914 m³) e do querosene de aviação (110.662 m³).



20 dezembro, 2012

A Crescente Participação da Mulher no Mercado de Trabalho

Em 2010 o IBGE encontrou no RN 1.238.313 pessoas ocupadas e que possuíam 10 anos ou mais de idade. Destas, 743.746 eram homens e 494.567 mulheres.

Ao longo dos anos uma das principais características do mercado de trabalho brasileiro é a participação crescente das mulheres. Isso fica claro quando vemos que, em 2000, as mulheres representavam 36% da força de trabalho ocupada no RN. Em 2010 esse percentual subiu para 39,94%.


Outro dado interessante é que, no RN, o número de mulheres com 10 anos ou mais de idade ocupadas no mercado de trabalho cresceu 50,3%, saindo de 329.106 mulheres ocupadas em 2000 para 494.567 em 2010. No caso dos homens esse crescimento foi de apenas 27,6%.




Há uma clara distinção entre o perfil dos homens e das mulheres ocupadas segundo o nível de instrução. As mulheres possuem, nitidamente, um perfil educacional melhor. Enquanto nos homens ocupados apenas um terço (33,42%) possui pelo menos o ensino médio completo, entre as mulheres esse percentual é de 52,24%.

Cerca de 6,9% dos homens ocupados no RN possuem nível superior completo. Já entre as mulheres esse percentual é de 15,43%.

Além disso, apesar de no geral o número de homens ocupados ser maior do que o de mulheres, entre as pessoas com superior completo ocupadas o predomínio é do sexo feminino. No RN havia em 2010 127.751 pessoas com curso superior completo, sendo 76.333 mulheres e 51.418 homens.




15 dezembro, 2012

A Baixa Demanda no Leilão de Energia A-5

Ontem a Empresa de Pesquisa Energética realizou o leilão de energia A-5, para entrega em 2017. 

No Brasil todo haviam se cadastrado para participar do leilão um total de 525 projetos, com oferta de 14.181 MW. Desse total, 484 projetos era de investimentos em energia eólica, cuja capacidade era de 11.879 MW.

O RN tinha o terceiro maior número de projetos e de volume ofertado. Foram 94 projetos eólicos no estado com oferta total 2.318 MW. A Bahía e o Rio Grande do Sul lideraram a oferta de energia eólica.

Todavia, ao final do leilão só foram contratados 10 projetos eólicos com uma potência instalada de 281,9 MW. Nenhum projeto do RN foi contratado. O preço da energia foi muito baixo, apenas 87,94 R$/MWh

Ontem à noite o Presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, me respondeu pelo twitter as razões pelas quais foram adquiridos tão poucos MWh das usinas eólicas. Abaixo a reprodução da breve "conversa".


"  Preços INVIÁVEIS para a eólica. Fato."// Os investidores terão de depositar garantias financeiras
10 hAldemir Freire ‏@aldemirrn
   olhando aqui do RN achei o volume de eólica (comparado ao q foi habilitado), muito baixo. Qual pbl?


   a demanda das distribuidoras a ser atendida foi pequena

   parte dela vai ser atendida pela entrada de
grandes usinas que foram contratadas (B. Monte, jirau, etc)





14 dezembro, 2012

Vendas do Comércio no RN: Consolidação do Crescimento

Quem acompanha o blog já deve saber que aproximadamente a partir do início de 2011 as vendas do comércio varejista do RN iniciaram uma trajetória de desaceleração em seu ritmo de crescimento. Não estamos falando em queda das vendas, mas sim em um ritmo menor de crescimento.

O piso dessa desaceleração ocorreu no segundo trimestre de 2012.

Quem me acompanha também deve saber que em fins do ano passado eu havia afirmado que ao longo deste ano as vendas do comércio voltaria a se acelerar. Originalmente eu imaginava que essa aceleração se daria ainda no primeiro semestre do ano. Todavia, conforme veremos a seguir, somente no segundo semestre de 2012 é que ficou claramente nítido o movimento de aceleração das vendas locais.


O gráfico acima demonstra que desde aproximadamente maio deste ano o ritmo de crescimento das vendas no estado se aceleraram para um patamar cerca de duas vezes e meia maior do que aquele registrado no primeiro quadrimestre de 2012.

As políticas de desoneração tributária, a queda dos juros e o aumento do crédito foram os principais fatores determinantes de nova aceleração. Acredito que as vendas do comércio crescerão em patamares ao redor do 10% ou mais (com pisos na casa de 8%) nos próximos meses até pelo menos meados do próximo ano (ou até fins de 2013).

Ainda não apareceu os efeitos da redução da inadimplência. Apesar desta ter se estabilizado, é possível que nos próximos meses caia com mais consistência e jogue mais lenha na fogueira do comércio. 

Portanto, vejo que o comércio do RN se aquecendo nos próximos meses.




13 dezembro, 2012

Concentração, Desconcentração e Reconcentração nos PIBs Municipais do RN?

Ontem o IBGE divulgou os dados dos PIBs dos municípios brasileiros. No caso do RN uma das questões que me chamou a atenção foi o movimento de concentração x desconcentração do PIB entre os municípios do estado.

A questão básica que se coloca é: a economia do Rio Grande do Norte está apresentando um movimento de concentração ou de desconcentração econômica nos últimos anos?

Entendo que quanto mais desconcentrada for uma economia melhor ela será e maior seu potencial de crescimento.

Os dados revelados por uma séria histórica de 11 anos (1999-2012) revela dados contraditórios.

Em primeiro lugar, entre 1999 e 2008 Natal, município com o maior PIB do estado, recuou sua participação de 43,25% para 34,77%. Foi praticamente uma queda de um ponto percentual por ano.

Todavia, os ganhos de participação ficaram restritos principalmente a 5 outros municípios. Nesse mesmo intervalo os PIBs somados de Mossoró, Parnamirim, Guamaré, São Gonçalo do Amarante e Macaíba avançaram de 18,94% para 28,15%.

Todos os outros 161 municípios do RN perderam, em conjunto, 0,72 pontos percentuais de participação nesse período.


Entre 2008 e 2010, porém, a tendência de perda de participação de Natal no PIB do estado se reverteu. Nesse biênio a capital potiguar ganhou 2,33 pontos percentuais de participação. Esse ganho se deu em detrimento tanto daqueles 5 municípios listados acima e que vinham ganhando participação quanto dos demais municípios.

Esse dado pode estar apontando para uma reconcentração espacial da economia do estado em torno de sua capital, movimento que reverte a tendência verificada ao longo da década passada. É certo, porém, que tal desconcentração que vinha ocorrendo era apenas parcial, pois se referia a poucos municípios do estado.

Esse movimento pode ser visualizado mais claramente no Índice de Gini do PIB dos municípios do RN. Conforme podemos ver no gráfico, mesmo com Natal perdendo participação entre 1999 e 2008 o índice subiu, ou seja, a economia tornou-se mais concentrada. Com os resultados dos últimos dois anos disponíveis (2009 e 2010), com Natal voltando a ganhar participação, o índice sofre um novo impulso para cima.

Diferente do que vem acontecendo no Nordeste, cuja concentração espacial do PIB municipal vem em tendência de queda, no RN a tendência é de aumento. Os dois índices, que já foram muito mais favoráveis ao nosso estado, estão progressivamente convergindo.


Aliás o RN possui a 6º pior Índice de GINI do país e o maior do Nordeste, conforme podemos ver no gráfico abaixo.



O Índice de Gini é uma medida do grau de concentração de uma distribuição, cujo valor varia de 0 (zero) - a perfeita igualdade, até 1 (um) - a desigualdade máxima


11 dezembro, 2012

As Exportações do RN em Novembro de 2012

Em novembro as exportações do RN foram de US$ 34,8 milhões, um crescimento de 7,6% sobre o volume exportado no mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 22,5 milhões, com queda de 16,12% sobre novembro de 2011.

Normalmente nos meses que vão de outubro a dezembro de cada ano ocorre o pico de exportações do estado, puxado sobretudo pela entrada da safra de melão.


No acumulado do ano, porém, as exportações do Rio Grande do Norte registram uma queda de 2,4%. Entre janeiro e novembro deste ano o estado exportou aproximadamente US$ 237 milhões, contra um total de US$ 242,8 milhões no mesmo período do ano passado.



O principal item da pauta de exportações do RN são as frutas tropicais. Esse ano o volume exportado pelo estado (janeiro a novembro) ficou em US$ 111,2 milhões, contra US$ 117,03 milhões no mesmo intervalo de 2011.


Os dois principais produtos exportados pelo estado são o melão e a castanha. No ano as exportações de melão cresceram 7% em valor em relação ao ano passado. Já no caso da castanha ocorreu uma queda de 22%. A queda nas exportações de castanha foi motivada sobretudo pela falta de produto no mercado em decorrência da forte seca que assolou o estado. Os três principais produtores de castanha do Brasil (Ceará, Piauí e RN) tiveram essa ano uma perda significativa na safra de castanha.



08 dezembro, 2012

07 dezembro, 2012

A Maior Queda da Safra de Castanha nos Últimos 20 anos

A seca que atingiu o Nordeste foi devastadora para a produção de castanha de caju. Em anos de pluviometria normal a região responde por mais de 90% da produção brasileira .

Segundo o último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Brasileira (LSPA) do IBGE, em 2012 o Brasil irá produzir 87,7 mil toneladas de castanha, uma queda de 62% frente à produção de 230,8 mil toneladas em 2011.

Proporcionalmente será a maior queda na safra brasileira de castanha. Outras grandes quebras na produção ocorreram nos anos de 1998 (-56,84%) e 2010 (-52,68%).

No Piauí a queda já chega a 80,5% da produção. No RN o IBGE aponta para uma retração de 66,4% e no Ceará a queda será de 60,66%.


Como o LSPA é um levantamento preliminar, sendo que os números finais só são fechados no início de 2013 quando o IBGE volta a campo para fazer o levantamento da Produção Agrícola Municipal, é provável que essa queda seja ainda maior, sobretudo no RN. Aqui no estado a região leste do estado ainda não está com a safra encerrada e os números finais podem sofrer alterações.


No RN o município mais atingido foi Serra do Mel, que detém a maior área cultivada de castanha do estado e a terceira maior do Brasil.


05 dezembro, 2012

Lagoa de Pedras foi o município do RN que mais avançou no Índice FIRJAN

A Federação das Indústrias do RJ, FIRJAN, vem publicando nos últimos anos um interessante estudo denominado Ínidce FIRJAN de Desenvolvimento Municipal.

Os municípios melhor classificados em 2010 no RN foram Natal, Parnamirim e Mossoró. O interessante é que apesar da lista dos 10 melhores em 2010 ser a mesma de 2000, a posição desses municípios se alterou ao longo da década. Parnamirim ultrapassou Mossoró e saltou da terceira colocação em 2000 para a segunda em 2010.

Jardim do Seridó era o sétimo colocado em 2000, ultrapassou Pau dos Ferros e e Guamaré e passou a ocupar a quarta colocação em 2010. Outro que ganhou posição dentro do ranking dos 10 melhores foi parelhas, que ultrapassou Caicó e saiu da décima para a nona colocação.

Portanto, nesses 10 anos, entre os municípios melhores colocados no ranking FIRJAN de desenvolvimento municipal, Parnamirim, Jardim do Seridó e Parelhas ganharam posições. Por outro lado, Mossoró, Guamaré, Pau dos Ferros e Caicó caíram no ranking estadual.


Outra abordagem interessante sobre o assunto é se perguntar quais os municípios que, proporcionalmente, mais avançaram no Índice FRIJAN nessa década.

Nesse caso no RN se destaca o município de Lagoa de Pedras, com avanço de 85% no índice entre 2000 e 2010. Além dele também aparecem com avanços superiores a 75% os municípios de Serrinha, São José do Campestre e São Rafael.



Em Lagoa de Pedras o maior avanço ocorreu na dimensão emprego e renda, cujo índice subiu 129% em uma década.




02 dezembro, 2012

AS CHUVAS PODEM CONTINUAR ESCASSAS SOBRE O NORDESTE DO BRASIL

Previsão recente do INPE para o trimestre de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013 não são muito boas para a região do Nordeste brasileiro. Segundo o referido instituto "a previsão climática de consenso para o trimestre que inicia em dezembro de 2012 e termina em fevereiro de 2013 continua indicando maior probabilidade de ocorrência de chuvas na categoria abaixo da faixa normal (40%) para grande parte da Região Nordeste."





Em 2012 a seca provocou fortes prejuízos na produção agrícola e pecuária do Rio Grande do Norte. Conforme podemos ver abaixo a queda da produção em algumas culturas chegou a 90%.