Redirecionamento

17 novembro, 2011

Censo 2010: um RN mais rico (ou menos pobre) e menos desigual, mas ainda há um longo caminho a percorrer

O IBGE fez ontem o lançamento de três publicações referentes ao Censo Demográfico 2010: "Censo Demográfico 2010 - Características da População e dos Domicílios: Resultados do Universo", "Indicadores Sociais Municipais" e "Censo Demográfico 2010 - Resultados Preliminares da Amostra".

O conjunto de informações disponibilizado ontem é uma montanha de informações que necessitaremos de muito tempo para digerir e explorar todos os dados. Cada vez que você olha os números nós descobrimos coisas diferentes e ângulos diferentes de abordagem.

O que vou mostrar hoje é apenas uma pequena dessas descobertas.

Sobre a questão do rendimento a conclusão mais imediata é: estamos mais ricos e menos desigual, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Sobre a questão do "estamos mais rico" temos uma séria de gráficos para comprovar.

O primeiro mostra a evolução da renda nominal mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade e com rendimento. Entre 2000 e 2010 o RN saltou de uma renda média nominal de R$ 428,7 para R$ 910,95. Ainda estamos abaixo da média nacional, mas estamos mais próximo dela e nos distanciamos um pouco da média do Nordeste.


Entre 2000 e 2010 a renda mensal das pessoas com rendimento no RN subiu, nominalmente, 112,5%, frente um aumento de 108% no Nordeste e 88% no Brasil. Esse aumento no RN foi superior à inflação acumulada no período (em torno de 90%) e representou, portanto, um ganho real de renda. O aumento foi maior entre as mulheres do que ente os homens.


Essa maior variação da renda no RN do que a média do Brasil e do Nordeste nos levou a ocupar a primeira colocação entre os estados da região. Em 2000 o rendimento era maior em Pernambuco e em 2010 passou a ser no RN. No Censo anterior o nosso estado ocupava a segunda colocação.



Sobre a questão da desigualdade nós também apresentamos evolução positiva. O índice de GINI variou de 0,597 em 2000 para 0,531 em 2010. Quanto menor é esse índice melhor é a situação.
No que diz respeito á redução da desigualdade, porém, em 2000 nós ocupávamos a 12ª posição no ranking de melhor distribuição de renda entre os estado do Brasil. Em 2010 nós passamos a ocupar a 20ª colocação, portanto, perdemos posição e agora nos situamos entre os estados com piores indicadores de distribuição de renda. Em outros termos, nossa desigualdade caiu, mas essa queda foi mais intensa em muitos outros estados que tinham índice pior que o nosso.

Se é verdade que avançamos na renda e em sua distribuição, também é verdade que ainda há um longo caminho a percorrer. Nossa desigualdade é uma das piores do país e nossa renda ainda está longe da renda média do Brasil e dos estados com maiores rendas médias.





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